|
O
Dia 20 de novembro dia Consciência Negra é uma data para a reflexão, pesquisa e
estudo das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos brasileiros de
todas as gerações. É nossa pretensão que não seja só 20 de novembro, mas em
todas as oportunidades das temáticas trabalhadas por nossos professores e
alunos. O Brasil, sociedade escravista por mais de 300 anos, de abandono,
sofrimento, tristeza e humilhação contra outros seres humanos. Todas essas
injustiças retratava à dominação de uma classe sobre a outra considerada
“superior”. No período da escravidão, os negros sofreram todas as formas de
injustiças. Através do seu sofrimento nas senzalas, nos troncos, nas casas
grandes, nos campos, nas cidades, tudo construído no Brasil daquela época, eles
tiveram participação efetiva para a formação da população brasileira sem
esquecer a contribuição dos nossos nativos. Os negros resistiram de diversas
formas, eles não calaram diante da escravidão, revoltaram-se, foram obrigados a
matar para não morrer, dançavam e cantavam em meio a dor (surpreendendo os seus
senhores), fugiam e formavam quilombos em várias partes do país. Dessa forma,
surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como
principal líder Zumbi que resistiu até o fim.
A
Abolição aconteceu em 1888, o Brasil cresceu e hoje é uma grande potência
econômica, com respeito internacional, mas, esquecendo muitas vezes que o negro
contribuiu muito para isso. No entanto,
os negros continuaram sem espaço, em situação de desigualdade, ocupando os
cargos menos qualificadas no mercado de trabalho, sujeitos as cotas nas universidades,
sem acesso às terras, e na condição de maiores agentes e vítimas da violência
nas periferias das grandes e pequenas cidades. Sua luta, inspirada em Zumbi e
em outros guerreiros negros (anônimos na história) que caíram na jornada da
vida, precisava continuar e não serem jamais esquecidos.
Zumbi
foi morto em 20 de novembro de 1695 em favor da liberdade de seu povo, mas,
deixou um grande legado, despertando em muitos a CONSCIÊNCIA de que era
preciso lutar contra a escravidão e as desigualdades e diversas formas de
preconceitos como Zumbi um dia corajosamente ousou fazer. A memória deste
guerreiro, permaneça realmente na memória consciente do povo, lutando pela
construção de uma sociedade na qual “todos tenham não apenas a igualdade
formal dos direitos, mas a igualdade real das oportunidades”, onde possam
aceitar o outro pelo o que eles são capazes de fazer e não avaliá-los pela cor
de sua pele.
Toda
comunidade escolar da Adelina Maria de Santana Souza do município de
Lagarto-SE, através deste trabalho, pretende demonstrar a sensibilização dos nossos
alunos quanto à esta temática tão importante em discussão em nossas escolas,
todos os dias do cumprimento ao currículo escolar, para que nossos jovens
sintam orgulho da cor de sua pele.
(Texto de: Maria Helena da Silva Santos / Professor:história
e multiplicadora dos programas de formação continuada Proinfo integrado nas tecnologias na educação)